sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ladra de Galinhas

Oh, pá...esta miúda é demais. Um génio, ou qualquer coisa que se pareça. Ou não, e eu é que sou a mãe tola e babada.

Estava ela, no quentinho do meu colo, quando finalmente a tinha conseguido arrancar do maldito cesto onde se enfiou para ver TV...já estava, obviamente, descalça e pronta para xonar a xonice dos justos. Entao, olha para mim, apanha as botas brilhantes e diz: "põe pato". Assim, na cara dura, a me dar ordens. Um choramingo para lá, um choramingo para cá...e só porque eu ainda estava chocada com a frase da menina, que afinal, só tem 18 meses e já sabe o que é "pôr"...enfim...pus as botas nos pezinhos da esperta, e ela, toda contente, arrastou-se do colo para o chão.

O papá estava no computador e a mamã aqui, filhinha de Deus, aproveitou para checar uns poucos E-mails. Um barulhinho aqui e outro acolá...passo os olhos umas poucas vezes...Ok, tudo sob controlo. Que nada...a minha pequena mente brilhante estava a gatinhar pela sala, na maior confusão do mundo. Estava a tentar "driblar" todos os obstáculos que eu criei (sim, eu criei mil e uma barreiras para que a criança só chegue aonde eu quero), pois queria satifazer o seu ímpeto pelas traquinices. Ora bem, aos trancos e barrancos, ultrapassou tudo e chegou ao armário. Ouvi a portinha a abrir e vi todo o esforço da miúda para fazer o caminho de volta, até mim. E não, vocês não estão bem a ver os meus obstáculos.

Lá veio ela, toda linda e toda prosa, com uma caixa de chocolates na mão. "Adja (na língua da M, é abrir)! Átes, mamã! Dááá!". Eu e o pai, parvos estávamos, e parvos ficamos... assim, por uns dois minutos. Que caraças! A menina até assusta de tão sabidolas...

Abri a caixa dos "átes" e lhe entreguei o menor dos pedacinhos possíveis. Estava euzinha tão embasbacada, que nem pude negar açúcar aquele prodígio à minha frente. A M. sentou-se junto aos pés do pai e chamou: "papá!", ao que ele olhou, e ela..."muuuáá". Sim, isto é o som do beijo que o homem, que não fez nada, recebeu da "génia" cá de casa. Para mim, nem um mísero obrigada. Porque isto, a pirralhinha ainda não se dignou a aprender.

18 meses, people...18!


(Obviamente, não tenho um vídeo das façanhas desta noite...
mas cá está a M. sentada no cesto, de botas brilhantes!)



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